domingo, 13 de outubro de 2013


         Livro maravilhoso partilharei com vocês partes do mesmo. Nele vocês encontrarão: Cartas, crônicas, contos, poesias, críticas literárias, artigos. Muito bom super indico.

Mulher,um ser plural
Outro dia lendo Luis Fernando Sabino,me deparei com o texto Mulheres, que parece ser escrito com o propósito de nos emprestar
a força que em determinados momentos nos falta.Sabino é um dos
nossos aliados que assim fala em sua Crônica:"(...)elas não são humanas.São espiãs de Deus(...)".
O texto nos faz refletir sobre essa complexidade que envolve o ser-mulher,a sua capacidade de preparar dentro de si uma vida, e ainda ensinar como viver oferecendo amor incondicional,além de sua  disponibilidade integral,tudo sob a confiança de Deus.
Uma mulher não é mais nem menos que um ser,cuja pluralidade a faz
transitar entre a intuição,a inteligência,a razão e a emoção,transgredindo os seus próprios limites e reinventando-se a cada novo dia e a cada desafio que a vida lhe impõe.
Dizem que nem Freud, que se arriscou a  estudar como ninguém  o comportamento  humano,consegiu  decifrar os mistérios do universo  feminino.
A mulher não é um modelo de perfeição,mas alguém capaz de transformar sua realidade; uma grande perda, ou uma ausência insubstituível, em uma  canção cantada em tom maior,tão agudo quanto a sua própria dor e assim distrair o seu cotidiano minado pelo sofrimento e pelas frustrações com o poder e a magia da música e  do canto. 
Uma mulher tropeça na sua incompletude, mas se levanta, procura sair de si mesma para buscar o equilíbrio,minimizar os excessos,controlando as paixões e desconstruindo as emoções para resgatar a razão e assim se equilibrar na subida de cada degrau de suas conquistas.
Quantas vezes,precisa se vestir de bailarina para dançar  em ponta uma bela coreografia.Outras tantas,paradoxalmente,sai de  cena para que o outro receba os aplausos do concerto.
A multiplicidade feminina a faz forte,mas a sua humanidade expõe a sua fragilidade.A sua incompletude é ao mesmo tempo tão completa pelo tamanho de sua bagagem recheada de obstinação, perspicácia
lágrimas,emoções,perseverança,sensibilidade,virtudes e pecados.Tudo
junto,nada se perde,embora se confunda às vezes,em meio aos sonhos,medos e aos tantos da vida.

Diulinda Garcia
Visite o site :
www.diulindagarcia.com
Diulinda Garcia, professora aposentada, poeta e escritora,de São joão do Sabugi/RN.




Manter blog atualizado requer pesquisa, estudos e tempo, afastada por um tempo, mas já estou com algumas matérias que precisam ser publicadas para que outras pessoas pesquisem e encontrem fontes. A literatura me fascina, não sou da área, mas o meu encantamento me faz estudiosa e a norte riograndense é preciso ser divulgada já que os currículos escolares ainda não a priorizam. 

"Em ciência leia sempre os livros mais novos. Em literatura, os mais velhos."

quinta-feira, 28 de abril de 2011

HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
A Tradição e a Renovação
Poetas, Escritores e Intelectuais
Luís Carlos Lins Wanderley é o autor de "Mistério de um Homem", em dois volumes. É apontado por alguns como sendo o primeiro romance escrito no Rio Grande do Norte.
Isabel Urbana de Albuquerque Gondim nasceu, provavelmente, em 1839, também em Papari. Foi professora, poetisa e a primeira historiadora do Estado. Escreveu várias obras, como 'Sedição de 1817, na Capitania do ora Estado do Rio Grande do Norte"(1919), "O Sacrifício do Amor" (1919), "Lira Singela" (1933), etc.
No movimento abolicionista, brilhou Segundo Wanderley.
Vem, depois, a geração do Oásis que, como disse Câmara Cascudo, "nasceu literalmente com o advento republicano". Dessa fase se destacaram dois irmãos: "Henrique Castriciano e Auta de Souza.
Henrique Castriciano, bacharel em Direito, muito viajado, e possuidor de uma grande cultura, chegou a ser vice-governador do Estado. Como disse Romulo Wanderley, foi "jornalista, escritor, crítico, impões-se aos seus contemporâneos pelo talento, pela cultura e pela inspiração poética".
São seus os seguintes versos:
"Ah! Como é triste o aboio! Ah, como é triste o canto sem palavras - tão vago - a saudade exprimindo.
Das selvas do sertão, no mês de junho rindo.
Pelos olhos azuis das crianças, enquanto
No tamarinho verde, asas abertas, trina
À beira dos currais, o galo de campina!
Auta de Souza, poetisa, escreveu apenas um livro, "Horto", com várias edições.
A poesia "Meu Pai", começa assim:
"Desce, meu Pai, a noite baixou mansa
Nem uma nuvem se vê mais no céu:
Aninham-se aqui no peito meu,
Onde, chorando, a negra dor descansa".
HISTÓRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
A Tradição e a Renovação
Poetas, Escritores e Intelectuais
A vida intelectual, no Rio Grande do Norte, estava ligada ao jornalismo político.
 E a "modinha", no dizer de Câmara Cascudo, representava a "exteriorização literária".
O mesmo autor descreve o contexto da época: "os poetas ficavam na classe populesca
 dos improvisados ou dos modinheiros, versos eram musicados e cantados nas serenatas,
acompanhados pelos vilões sonoros".
Alguns poetas que se destacaram na época foram Miguel Vieira de Melo (1821-1856),
Gustavo da Silva (1832-1856), Rafael Aracanjo da Fonseca (1811-1882), etc.
O primeiro jornal do Rio Grande do Norte, o "Nordeste", foi fundado pelo padre
 Francisco Brito Guerra, em 1832.
Depois, João Manuel de Carvalho, fundou o primeiro órgão de imprensa
de caráter literário, chamado 'O Recreio'.
Outros jornais foram surgindo com maior ou menor duração,
revelando para a comunidade diversos jornalistas e intelectuais: Joaquim Fagundes (1857-1877)
e José Teófilo (1852-1879), por exemplo.
Na década 1870 - 1880, os bailes, que eram mensais, se transformaram
em locais onde as pessoas cantavam e declamavam poesias.
Merece destaque uma potiguar que passou vinte e oito anos na
 Europa e se tornou célebre pela sua luta a favor do soerguimento da mulher,
sendo igualmente,
uma grande escritora. Dionísia Gonçalves Pinto,
mais conhecida pelo seu pseudônimo Nísia Floresta.

sábado, 23 de abril de 2011

Por toda a parte rosas brancas vejo...
Rosas na fímbria loira dos Altares,
Coroadas de
amor e de desejo...
Rosas no céu e rosas nos pomares.
Uma roseira o mês de Maio.

Aos pares
Surgem, da brisa ao tremulante arpejo,
Estrelas que recordam, sobre os mares,
Rosas envoltas num cerúleo beijo.

E quando Rosa, em cujo nome chora
Esta febre cruel que me devora,
De si me fala, em gargalhadas francas,

Muda-se em rosa a flor de meus martírios,
O
som de sua voz, a luz dos círios...
O próprio Azul desfaz-se em rosas brancas
Autor:     (Henrique Castriciano)
FRASE DE LUÍS DA CÂMARA CASCUDO
" Faço questão de ser tratado por esse vocábulo que tanto amei: professor. Os jornais, na melhor ou na pior das intenções, me chamam folclorista. Folclorista é a puta que os pariu. Eu sou um professor. Até hoje minha casa é cheia de rapazes me perguntando, me consultando."
(Fonte: Memória Viva)

domingo, 17 de abril de 2011

Curiosidades sobre Nísia Floresta
  • Nísia Floresta se casou só com treze anos, mas naquele tempo isso podia. O marido dela era chato e queria que ela só ficasse em casa cuidando dele. Ele nem gostava muito porque ela lia muitos livros e ele nem conseguia ler. Ela acabou não gostando mais dele e separou;
  • O nome verdadeiro dela é: Dionísia Gonçalves Pinto Lisboa. O outro é um apelido bem legal que ela escolheu. Sabe o que significa? Nísia é o nome dela no diminutivo; é também para homenagear o pai dela que se chamava Dionísio Gonçalves Pinto Lisboa. Ele era advogado e escultor;
  • Floresta: era para ela ficar se lembrando do sítio onde nasceu; Brasileira: é porque ela era feliz por ser brasileira; Augusta é porque ela queria ficar se lembrando do segundo marido que era Manoel Augusto de Faria Rocha. Eles tiveram dois filhos. Primeiro veio uma menina que era Lívia Augusta de farias Rocha. Ela nasceu em Recife. Depois veio um menino: Augusto Américo de Faria Rocha. Ele nasceu em Porto Alegre.